O que precisamos, muitas vezes, não vemos.

 
 
E o que temos não precisamos. Esta é uma frase simples que todos sabem. Durante o confinamento recordo-a de vez em quando com reflexões da minha vida que eu tinha antes de nos fecharmos em casa. O meu dia durante o confinamento é muito simples: chamada às 10:00, trabalho, almoço, trabalho, filme/livro/passatempo, conversar com a família, jantar, dormir. Uma vez e outra vez mais as compras e olhar pela janela. Esta não é a vida que eu sempre quis e nada que eu esperasse do meu projeto de voluntariado, mesmo que o trabalho seja satisfatório e agradável. Durante este tempo tenho muitas coisas que penso vezes sem conta na minha cabeça com tantas mais perguntas sem respostas, especialmente uma: E depois deste projeto? Claro que já pensei no meu trabalho futuro, a imaginar-me numa empresa da qual não gosto… mas talvez não seja isto? Sei que alguns dos voluntários têm as mesmas dúvidas, especialmente quando se trata do fim… Que tal não nos concentrarmos no que temos de fazer, mas no que realmente queremos?