Uma semana na Rato já passou, quem pode imaginar que eu já tivesse tido uma visita da Polónia – o mundo é grande e às vezes não conseguimo-nos encontrar com as pessoas que vivem perto de nós. Felizmente não se pode prever tudo e a 3000 km de casa podemos encontrar um rosto conhecido. Podemo-nos meter na aventura de descobrir mistérios do mundo. Lisboa é o lugar perfeito para fazê-lo. Uma cidade misteriosa e mágica com muita diversidade cultural infelizmente conquistada por um grande fluxo de turistas. Nas ruas, nas igrejas, nos restaurantes em todo o lado andam grupos dos espanhóis, turcos, polacos, franceses, holandeses, chineses, irlandeses, alemães… Todas as nações querem conhecer a capital de Portugal. Entre elas duas polacas que passeiam pelas ruas estreitas e param nos miradouros onde se estendem vistas encantadoras para o rio Tejo e edifícios de diferentes épocas. Em cima de uma colina, aparece um castelo pequeno que se torna o alvo das raparigas.
Partes mais antigas do castelo ainda lembram os Mouros. Escavações mostram restos das paredes de casas. Habitantes deviam ser nobres. Provavelmente não havia janelas, visto que as pessoas gostavam da sua privacidade. No meio da casinha, havia um pequeno jardim, água do telhado que regava as plantas. Olhando a reconstrução, pode-se imaginar que os edifícios eram acolhedores e bem planeados. Havia casa de banho, cozinha, quartos e sala de estar. A comida e água eram guardadas na despensa. Debaixo do chão, foram encontrados restos dos canos de esgotos. A idade média aqui foi muito diferente do que na Europa Central onde não houve Mouros, nem vinho e azeite. Anos passaram e a herança dos Mouros passou nas mãos portuguesas. Os edifícios erguidos nos sítios das casas mouras sofreram durante o terramoto em 1755. Como toda Lisboa nunca mais ficaram os mesmos. Embora os anos de glória do castelo de São Jorge pertençam ao passado, hoje em dia, parece um sítio ainda mais ocupado que antes.
As fotografias mostram casas mouras, segundo os arqueólogos.
Mas não foi o castelo que roubou os nossos corações. O bairro Mouraria e o projeto da Camilla Watson chamado “Tributo” são muito impressionantes. As pessoas idosas daquele bairro vão ser lembradas por muito tempo. A fotógrafa tira as fotos das pessoas que moram nas casas maravilhosas e coloca-as nas paredes para todo mundo poder vê-las. Não viajo muito e não conheço todos lugares do mundo mas antes de ir à Mouraria nunca vi nada semelhante o que deixou uma marca em mim. Já visitei este sítio duas vezes e com certeza vou passar por lá no futuro. Quereria agradecer muito à minha amiga Ewelina que me acompanhou naquele dia e com quem pude admirar a beleza de Lisboa. Próximas aventuras passarão no outro lado do rio, o mais próximo da minha casa e da Rato.