Há alguns meses atrás escolhi fazer o SVE, porque queria ir ao estrangeiro, estudar e aprender um novo idioma. Eu gostava da ideia de aprender português. Tenho um livro que comprei numa livraria do Porto há alguns anos, que prometi a mim mesmo de ler na língua original. O livro é ‘Ode Marítima’ do Fernando Pessoa.
Depois, coisas normais… Eu estava a procura de novos estímulos e novas aventuras. Queria conhecer verdadeiramente uma nova parte do mundo: o Margem Sul, e ficar aqui perto duma antiga (mas também nova) cidade europeia: Lisboa.
O meu SVE tem lugar na Rato-ADCC. Eu desenvolvo conteúdos multimédia, como tutorial vídeo, legendas, e também um podcast para a plataforma web do programa openEUropa. Nesse podcast entrevisto pessoas que fazem ou fizeram o SVE, ou de qualquer maneira são relacionadas com associações que trabalham e promovem a mobilidade europeia. Se quiserem… www.mixcloud.com/ratoadcc/
Rato trabalha com vários target. Organiza aulas de informática para utentes num nível básico: seniores, mulheres da comunidade Roma, e sessões pensadas para pessoas com deficiência. Ademais, com o Nuno vamos nas escolas para fazer workshops nos quais queremos sensibilizar os miúdos sobre temas como imigração, o mundo globalizado, conceitos de casa, família, e desigualdades económicas, sociais, ambientais.
O SVE é ótimo para desafiar-me e ver-me numa nova situação, diferente daquela à qual estava acostumado.
Dá a possibilidade de aprender uma nova língua. Dá a oportunidade de viver noutro país por um período bastante longo. Então dá a oportunidade de conhecer uma comunidade, e vocês podem nela integrar. É muito diferente que ”visitar”. Não visitam um sítio, mas (vocês) tornam-se parte daquele sítio. Esta é a oportunidade principal que dá-vos viver num lugar diferente do vosso lar.
Também é uma oportunidade para viver num contexto multicultural, e graças a isso podem enriquecer a mente, a cultura pessoal, e a sua própria visão do mundo.